Supremo Tribunal valida reeleição de Maduro para terceiro mandato de 6 anos, gerando controvérsias e rejeição internacional

O Supremo Tribunal validou na quinta-feira (22) a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato de 6 anos, gerando controvérsias e descontentamento tanto na Venezuela quanto internacionalmente. A decisão foi tomada após a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) proclamar Maduro como vencedor das eleições com 52% dos votos, apesar de não ter divulgado as atas das seções de voto, alegando ter sido vítima de pirataria informática.

A oposição e diversos observadores consideram a justificativa do governo venezuelano pouco convincente e acreditam que Maduro está tentando evitar a divulgação da contagem real dos votos. Segundo a oposição, que divulgou atas obtidas pelos seus mesários, Edmundo Gonzalez Urrutia teria vencido a votação com mais de 60% dos votos. No entanto, sem a apresentação das atas, o Supremo Tribunal afirmou ter verificado os relatórios dos governantes e alegou ter constatado o ataque informático contra a CNE.

A decisão do Supremo Tribunal gerou reações negativas de diversos países latino-americanos, dos Estados Unidos, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da União Europeia. Dez países latino-americanos se uniram para rejeitar a validação da reeleição de Maduro, criticando o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela. A comunidade internacional expressou preocupação com a situação política na Venezuela e demonstrou apoio à oposição e aos esforços para garantir a transparência e a legitimidade das eleições no país.

Diante desse cenário, a situação política na Venezuela se mantém instável e envolta em polêmicas, com questionamentos sobre a legitimidade do processo eleitoral e o respeito à vontade popular. As divergências em relação à reeleição de Maduro e as acusações de irregularidades nas eleições continuam alimentando a crise política no país e as tensões a nível internacional.

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