Suécia: Da neutralidade à possível adesão à Otan – Como o país se tornou uma “superpotência humanitária” e investe em sua defesa.

A Suécia, conhecida por sua neutralidade, tem se destacado no cenário internacional por sua intensa atividade diplomática em defesa dos direitos humanos, sendo inclusive chamada de “superpotência humanitária”. Apesar de não integrar a Otan, o país se aproximou da Aliança Atlântica ao aderir à Parceria para a Paz em 1994 e ao Conselho de Parceria Euro-Atlântico em 1997.

Durante muitos anos, a adesão da Suécia à Otan era vista como um tabu pela maioria dos suecos e pelo principal partido do país, os sociais-democratas. O antigo ministro da Defesa, Peter Hultqvist, chegou a declarar que não participaria de um processo de adesão. No entanto, a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 gerou uma mudança drástica na opinião pública e nos partidos políticos suecos, levando a um claro apoio no parlamento à candidatura de adesão à Otan.

Para garantir sua neutralidade, a Suécia tem investido maciçamente em sua defesa, aumentando o orçamento militar a partir de 2014, após a anexação da Crimeia pela Rússia. Esses investimentos visam a garantir a segurança do país em meio às tensões geopolíticas da região.

Com a sua possível adesão à Otan, a Suécia poderá contribuir de forma significativa para a aliança, trazendo sua experiência em questões de direitos humanos e fomentando uma maior cooperação internacional em temas de segurança. Sua entrada na Otan representaria não apenas um marco na política externa sueca, mas também um reforço nas capacidades da própria aliança em lidar com os desafios do cenário global contemporâneo.

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