Sorteio de 1 milhão de dólares de Elon Musk testa limites da lei eleitoral nos EUA.

O polêmico sorteio de um milhão de dólares promovido por Elon Musk tem gerado controvérsias e questionamentos sobre os limites da lei eleitoral nos Estados Unidos. O magnata bilionário está utilizando sua fortuna para tentar influenciar a acirrada disputa presidencial entre Donald Trump e Kamala Harris, vice-presidente e candidata democrata.

O America PAC, comitê de ação política de Musk, tem como objetivo desempenhar um papel fundamental na mobilização e registro de eleitores em Estados decisivos que podem definir o resultado das eleições. A petição para participar do sorteio estipula que os signatários devem ser eleitores registrados em Estados como Arizona, Geórgia, Michigan, Nevada, Carolina do Norte, Pensilvania ou Wisconsin, todos cruciais para o desfecho do pleito.

No entanto, a iniciativa de Musk tem levantado preocupações e críticas. O governador democrata da Pensilvânia, Josh Shapiro, manifestou sua inquietação em relação ao sorteio, classificando-o como “profundamente preocupante” e pedindo uma investigação por parte das autoridades.

Especialistas em Direito Eleitoral apontam que a ação de Musk, apesar de não obrigar diretamente as pessoas a se registrarem para votar, sugere uma tentativa de influenciar os eleitores em Estados-chave, o que pode ser interpretado como uma violação da legislação eleitoral. Richard Hasen, professor da Universidade da Califórnia, Los Angeles, argumenta que a petição é apenas um pretexto e que o sorteio se configura como ilegal.

Segundo Hasen, o manual de crimes eleitorais do Departamento de Justiça dos EUA menciona sorteios como possíveis pagamentos ilegais, independentemente das condições adicionais estabelecidas. O caso de Musk levanta questões importantes sobre a ética e a legalidade das práticas de influência política por parte de indivíduos poderosos e milionários como ele.

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