Situação catastrófica e falta de ajuda humanitária em Gaza gera críticas ao chefe da ONU e escalada de conflitos na região.

A situação nos territórios palestinos continua preocupante, com a população enfrentando escassez de suprimentos e uma situação humanitária catastrófica. A votação, na sexta-feira (22), no Conselho de Segurança da ONU, de uma resolução que apela à entrega “imediata” e “em grande escala” de ajuda humanitária é um sinal claro do reconhecimento internacional da gravidade da situação em Gaza. No entanto, apesar dessa resolução, ainda não houve um aumento significativo na entrega de ajuda humanitária, deixando os residentes carentes de suprimentos básicos.

O chefe da ONU, Antonio Guterres, e sua equipe têm alertado constantemente para a situação catastrófica em Gaza, pedindo um cessar-fogo e a entrega urgente de ajuda humanitária. No entanto, esses apelos têm atraído críticas do chefe da diplomacia israelense, Eli Cohen, que considera a atuação da ONU como uma vergonha para a organização e para a comunidade internacional.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a maioria dos hospitais em Gaza está fora de serviço e que nas próximas seis semanas toda a população corre o risco de enfrentar um elevado nível de insegurança alimentar, incluindo a fome. A missão da OMS a hospitais em Gaza nos últimos dias revelou uma situação desesperada, com palestinos atacando um dos comboios de ajuda em busca de alimentos.

Apesar das posições intransigentes dos protagonistas, os mediadores do Egito e do Catar continuam buscando negociar uma nova trégua, após a que ocorreu uma semana no final de novembro. Essa trégua permitiu a libertação de reféns e a entrada de ajuda humanitária importante em Gaza.

Além disso, a guerra também se estende para além do território palestino, com rebeldes huthis do Iêmen atacando navios no Mar Vermelho em solidariedade aos palestinos. O Irã também está envolvido, com a morte do general Razi Moussavi, um oficial de alta patente dos Guardas Revolucionários, o exército ideológico do Irã. Israel raramente comenta suas operações na vizinha Síria, mas afirma que quer impedir que o Irã, seu inimigo jurado, se estabeleça à sua porta.

A situação na região permanece tensa e com desafios humanitários urgentes que precisam ser enfrentados para evitar uma catástrofe ainda maior. A comunidade internacional precisa redobrar seus esforços para garantir a entrega imediata de ajuda humanitária e buscar soluções diplomáticas para o conflito em curso.

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