Os registros da província mostram que a Shell conseguiu vender 5,7 milhões de créditos de carbono que na realidade não representam reduções efetivas de gás carbônico. Empresas como Chevron, Canadian Natural Resources, ConocoPhillips, Imperial Oil e Suncor Energy foram algumas das principais compradoras desses “créditos fantasmas”, conforme apontado por Keith Stewart, estrategista sênior de energia do Greenpeace Canadá.
A Shell defendeu a sua prática, afirmando que a captura de carbono desempenha um papel crucial na descarbonização da indústria e que a criação de incentivos de mercado é fundamental para o aproveitamento desse potencial. Porém, críticos como o Greenpeace Canadá questionam a legitimidade dessas ações e alertam para os impactos negativos causados pela venda de créditos de emissões por reduções que nunca ocorreram, agravando assim as mudanças climáticas.
Enquanto o debate sobre a eficácia e credibilidade dos créditos de carbono continua, empresas de energia no Canadá e em todo o mundo estão buscando mais apoio estatal para iniciativas de captura e armazenamento de carbono. A província de Alberta, lar de um dos maiores depósitos de petróleo intensivos em carbono, tem sido um ponto focal nesse cenário, com o progresso do país em relação às metas de redução de emissões sendo impactado pela crescente produção de petróleo na região.