Senado mexicano aprova reforma no setor elétrico para reforçar controle estatal e impactar empresas públicas e privadas.

Na manhã desta quinta-feira (17), o Senado mexicano aprovou uma reforma constitucional que tem como principal objetivo reforçar o controle do Estado sobre o setor energético, especialmente no que diz respeito à eletricidade. A proposta, impulsionada pelo ex-presidente Andrés Manuel López Obrador, recebeu o aval da maioria governista da casa, com 86 votos a favor, 39 contra e uma abstenção.

Uma das principais mudanças trazidas pela reforma é a decisão de devolver à Comissão Federal de Eletricidade (CFE) e à petrolífera estatal Pemex o título de “empresas públicas”, substituindo a denominação anterior de “empresas produtivas”. Essa alteração tem como objetivo reduzir a competição com empresas privadas no setor e fortalecer a atuação do Estado mexicano no controle e regulação da energia elétrica.

A decisão do Senado mexicano gerou debate e divisão entre os parlamentares, com alguns apoiando a medida como forma de garantir a soberania nacional e a segurança energética do país, enquanto outros argumentaram que a reforma pode limitar a concorrência e a eficiência do setor. A votação reflete a polarização política existente no México em relação às políticas energéticas e à atuação do Estado na economia.

É importante ressaltar que a reforma do setor elétrico mexicano tem potencial impacto não apenas na economia do país, mas também nas relações comerciais com outros países e na atração de investimentos estrangeiros. A medida adotada pelo Senado mexicano sinaliza uma mudança na forma como o governo mexicano pretende lidar com o setor energético, reforçando o controle estatal em detrimento da participação do setor privado.

Por fim, a aprovação da reforma constitucional do setor elétrico pelo Senado mexicano representa mais um capítulo na contínua disputa política em torno das políticas energéticas no México, com reflexos tanto no âmbito nacional quanto internacional.

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