Senado aprova projeto de lei que autoriza porte de armas para fiscais da Funai, Ibama e ICMBio em territórios indígenas.

Na última quarta-feira, a Comissão de Meio Ambiente do Senado aprovou um projeto de lei que autoriza o porte e o uso de armas de fogo por agentes de fiscalização da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). A proposta, que também contempla funcionários do Ibama e do ICMBio, agora será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça.

O principal objetivo do projeto é evitar a ocorrência de crimes como os assassinatos do indigenista Bruno Araújo Pereira e do jornalista Dom Phillips, ocorridos em 2022 em Atalaia do Norte, Amazonas. Estes eventos desencadearam uma investigação pela Comissão Temporária Externa, que resultou na elaboração deste texto.

O senador Randolfe Rodrigues foi o responsável por solicitar a criação da equipe que identificou o aumento da criminalidade e dos ataques contra povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e jornalistas, sobretudo na Região Norte. O objetivo do projeto é justamente reverter esse quadro lamentável e garantir a segurança dos agentes públicos que atuam na fiscalização dos territórios indígenas.

De acordo com o relator do texto, senador Fabiano Contarato, a proteção ambiental proporcionada pelos povos indígenas é essencial para conservar a natureza brasileira e proteger o clima. Por isso, é fundamental que esses profissionais tenham capacitação técnica e aptidão psicológica para manejar armas de fogo.

Além disso, Contarato propôs emendas que incluem os fiscais ambientais do Ibama e do ICMBio na lei, garantindo que também tenham o direito de portar armas para garantir sua própria segurança. O texto estabelece ainda que esses agentes possam ter posse de armas, mesmo fora de serviço, sem a necessidade de pagar taxas de registro e manutenção das armas.

Portanto, a aprovação deste projeto de lei representa um avanço na proteção dos agentes de fiscalização e na garantia da segurança nos territórios indígenas e áreas de conservação ambiental.

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