Secretário nacional do consumidor recomenda livro que compara Israel a “ratos” em meio a polêmica sobre posicionamento político.

Em uma recente declaração polêmica, o secretário nacional do consumidor, Wadih Damous, recomendou um livro de um jornalista que comparou Israel a “ratos”. A indicação do livro intitulado “Contra o Sionismo: Retrato de uma doutrina colonial e racista”, do jornalista Breno Altman, gerou controvérsias nas redes sociais.

Damous, que faz parte da equipe de Ricardo Lewandowski no Ministério da Justiça, utilizou suas redes sociais para indicar a obra de Altman, que fez a polêmica comparação dias após o ataque terrorista do Hamas em outubro. Em entrevista ao Estadão, Damous afirmou que não recomendou o livro por conta da comparação feita pelo jornalista, mas sim pelas análises sobre o sionismo e a alegação de que Israel pratica genocídio na Faixa de Gaza.

O autor do livro, Breno Altman, que possui ascendência judaica, comparou o Estado de Israel a “ratos” em uma publicação no antigo Twitter, defendendo a ação do grupo terrorista Hamas como parte da resistência palestina. Essa declaração gerou repercussão e levou o Tribunal de Justiça de São Paulo a determinar a remoção da postagem de Altman, considerando o termo “ratos” como possivelmente ofensivo à população judaica.

Damous defendeu a recomendação do livro e declarou que concorda com as opiniões de Altman sobre o sionismo e a afirmação de que Israel pratica genocídio. Além disso, o secretário destacou uma fala do ministro da Defesa israelense, Yoav Galant, que comparou os palestinos a “animais humanos” durante um cerco sobre a Faixa de Gaza.

A recomendação do livro por parte de Damous foi criticada por especialistas e por organizações judaicas de esquerda, que classificaram o ato como um absurdo e como uma promoção de discursos antissemitas. O jornalista Breno Altman se defendeu das críticas, afirmando que a comparação feita se referia ao Estado de Israel e não aos judeus.

No contexto atual de tensões entre Israel e Palestina, as declarações e recomendações de obras como a de Altman continuam gerando debates acalorados e levantando questões sobre liberdade de expressão e os limites do discurso político.

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