Segundo o gabinete do Procurador-Geral russo, a fundação realiza atividades em escala hollywoodiana com o intuito de desacreditar a Rússia, apoiando falsos patriotas e membros de grupos terroristas e extremistas banidos. Além disso, sob o pretexto de ideias humanitárias, promove iniciativas para a perseguição criminal da liderança máxima de Moscou, disseminando também publicamente avaliações negativas da legislação russa sobre agentes estrangeiros e ONGs.
Até o momento, a entidade em questão não se pronunciou sobre a decisão da Procuradoria-Geral russa. Desde o início da Guerra da Ucrânia, as autoridades do país vêm intensificando a repressão contra vozes dissidentes, incluindo veículos de mídia, grupos políticos, culturais e religiosos considerados ameaças à segurança nacional de acordo com Moscou.
Em agosto, a fundação alemã Konrad Adenauer, que tem como objetivo promover a democracia, também foi declarada indesejável pela Procuradoria-Geral russa. Além disso, em julho, o jornal The Moscow Times também foi proibido de atuar no território russo.
A repressão não se restringe apenas a organizações, atingindo indivíduos como no caso de Ksenia Karelina, uma russo-americana de 32 anos, que foi condenada por “alta traição” após fazer uma doação para uma ONG pró-Kiev no primeiro dia da invasão russa na Ucrânia. Seus apoiadores afirmam que a doação foi de apenas US$ 51,80 para a Razom for Ukraine, uma instituição de caridade sediada em Nova York que fornece ajuda humanitária à população ucraniana, sem qualquer envolvimento com apoio militar.
Esses eventos refletem a crescente repressão e restrição à liberdade de expressão na Rússia, com a proibição de entidades e indivíduos que possam representar discordância com o governo central.