A escalada de violência entre Rússia e Ucrânia já vinha crescendo ao longo da semana, com a Rússia realizando o seu maior ataque aéreo em 22 meses de guerra na sexta-feira anterior, que resultou na morte de quase 40 civis. As autoridades ucranianas relataram que dois adolescentes e um conselheiro de segurança de uma equipe de jornalistas alemães estavam entre os feridos em Kharkiv.
O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, condenou os ataques, mas afirmou que a cidade não irá se intimidar, declarando “somos inquebráveis e invencíveis”. Imagens da cidade mostraram prédios gravemente danificados e incêndios causados pelos ataques.
A Força Aérea da Ucrânia relatou ter derrubado 21 dos 49 drones lançados pela Rússia, a maioria deles direcionados a Kharkiv e outras cidades ucranianas. A Rússia alegou que os ataques tinham como alvo instalações militares e um hotel que abrigava comandantes militares e “mercenários estrangeiros”, em resposta aos ataques da Ucrânia em Belgorod, cidade russa na fronteira ucraniana.
Belgorod, assim como outras zonas fronteiriças, havia sido alvo de bombardeios e ataques de drones ao longo do ano, atribuídos pelas autoridades russas à Ucrânia. O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que fala regularmente com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, reforçando a preocupação com a situação na região.
A escalada de violência entre Rússia e Ucrânia representa uma crescente ameaça à estabilidade na região, com consequências humanitárias e políticas significativas. O cenário de conflito armado deve ser acompanhado de perto pela comunidade internacional, uma vez que suas ramificações podem se estender para além das fronteiras da Ucrânia e da Rússia.