O Ministério da Defesa russo anunciou que a unidade de mísseis do Distrito Militar de Leningrado está realizando treinamentos de combate, com o emprego de lançadores de mísseis balísticos Iskander-M e operações em navios. Especialistas destacam o carregamento de mísseis antinavio com ogivas nucleares durante os exercícios, o que chama a atenção para a gravidade da situação.
Os exercícios ocorrem simultaneamente ao Baltops da Otan, que envolve 85 aviões, 50 navios e 9.000 militares. O Distrito Militar de Leningrado cobre a região do Báltico, onde a presença russa está cercada pela adesão de Suécia, Finlândia e outros países à Otan. As ações de Putin visam cobrir toda a frente ocidental em um possível conflito com a aliança militar.
Vale ressaltar que, apesar das tensões, os EUA afirmam não ter detectado sinais de uma mudança na doutrina nuclear russa, mas permanecem vigilantes. A rivalidade entre os dois países remonta à Guerra Fria, que deixou um legado de armamentos nucleares nas mãos de ambos.
Enquanto isso, Kiev alega ter destruído sistemas antiaéreos na Crimeia, anexada por Putin em 2014, em retaliação aos ataques russos com mísseis e drones. A situação na região continua delicada, com ambos os lados mantendo posturas firmes e mantendo a comunidade internacional em alerta para o desenrolar dos acontecimentos.