Especialistas afirmam que, apesar das medidas de segurança, roubos desse tipo são bastante comuns em museus. Os artefatos roubados podem ser negociados no mercado clandestino ou até mesmo derretidos, no caso de metais preciosos. O roubo no Museu Britânico não é o primeiro. Em 2002, uma estátua grega de 2.500 anos foi roubada por um visitante que saiu pela porta da frente sem ser detectado. Além disso, um anel Cartier também desapareceu do museu em 2011.
A maioria dos itens roubados de museus não está em exposição pública, pois grande parte deles fica guardada a portas fechadas. Por exemplo, o Museu de História Natural também em Londres, possui uma coleção de 80 milhões de objetos, mas apenas uma pequena fração é exposta ao público. O Museu Britânico tem cerca de 8 milhões de objetos, mas apenas 80 mil estão em exposição.
A falta de inventário completo e detalhado dos itens do acervo é um problema enfrentado pelos museus. Sem essa catalogação minuciosa, todas as medidas de segurança têm um alcance limitado. As instituições muitas vezes não sabem que alguns itens estão desaparecidos até meses ou anos depois do roubo. Existem casos de roubo interno, nos quais funcionários retiram os artefatos e alteram os registros para que pareça que os itens foram emprestados ou nunca fizeram parte da coleção.
De acordo com o Art Loss Register, cerca de 700 mil itens foram saqueados de museus ao redor do mundo e seguem desaparecidos. Muitos desses objetos roubados e de grande valor são vendidos por quantias pequenas, pois grandes leilões não vendem itens sem saber sua procedência. Em alguns casos, artefatos valiosos são derretidos para vender apenas o metal, como ocorreu em 2005 quando uma escultura de Henry Moore foi roubada, derretida e vendida por uma fração do seu valor original.
O roubo no Museu Britânico destaca a necessidade de reforçar as medidas de segurança dos museus, incluindo a catalogação completa e detalhada do acervo. Além disso, é fundamental fortalecer a cooperação internacional para combater o tráfico de artefatos roubados, garantindo que esses tesouros históricos não se percam para sempre.