Rivaldo Barbosa nega envolvimento no assassinato de Marielle Franco em depoimento ao STF e elogia vereadora como “pessoa sensacional”.

O ex-delegado-geral da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, acusado de ser um dos mentores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, prestou depoimento nesta quinta-feira, 24, ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento faz parte das investigações sobre o caso que chocou o país e que permanece sem respostas definitivas.

Preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN), Rivaldo Barbosa é o terceiro dos cinco réus no crime a prestar depoimento. Nas últimas semanas, outros envolvidos no caso, como o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão, Domingos Brazão, também foram ouvidos pelas autoridades. O ex-delegado negou qualquer participação no assassinato e destacou sua gratidão a Marielle Franco, elogiando-a como uma pessoa “sensacional”.

Durante o depoimento, Barbosa também negou conhecer os irmãos Brazão e rejeitou as acusações feitas por Ronnie Lessa, que o apontou como mentor do crime em sua delação premiada à Polícia Federal. As investigações apontam para possíveis indícios de obstrução por parte da Polícia Civil, sob comando de Barbosa, no decorrer do caso.

A Procuradoria-Geral da República denunciou os irmãos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil pelo crime, que teria motivações ligadas a disputas territoriais em áreas controladas por milícias. Segundo as investigações, a vereadora do PSOL e seu grupo se opunham a práticas de exploração imobiliária nessas regiões, o que pode ter sido o estopim para o crime brutal que tirou suas vidas.

Apesar dos depoimentos e das acusações, Barbosa e os demais réus negam qualquer envolvimento nos assassinatos. O caso segue em andamento, e a busca por respostas sobre o ocorrido permanece intensa, mobilizando não apenas as autoridades competentes, mas também a sociedade que clama por justiça e esclarecimento. A memória de Marielle Franco e Anderson Gomes segue viva, e a esperança por justiça continua a ser o mote que impulsiona as investigações sobre esse caso que marcou a história do Brasil.

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