Durante uma entrevista após um evento no Rio de Janeiro, Pochmann expressou preocupação com a possibilidade de a restrição financeira impactar na realização de pesquisas importantes, como as de inflação, desemprego e outros indicadores econômicos fundamentais. O presidente do IBGE também citou a dificuldade em manter pagamentos em dia, como aluguéis de prédios e contas de luz, devido ao aperto financeiro enfrentado.
Além disso, Pochmann destacou a falta de recursos para viagens, ressaltando que o IBGE só participa de eventos se a instituição que convida arcar com custos. Essa situação faz parte de um contexto mais amplo de restrição financeira, que tem preocupado não só a direção do instituto, mas também os servidores, representados pela entidade sindical Assibge.
Os servidores do IBGE estão em processo de negociação com a direção do órgão e o governo federal devido às demandas por melhorias salariais e de carreira. A ameaça de greve é um tema em discussão, com um indicativo de paralisação já aprovado pela entidade sindical. Pochmann reconheceu a legitimidade da greve como instrumento, mas ressaltou a importância de garantir o cumprimento do plano de trabalho do IBGE, fundamental para a continuidade das atividades de pesquisa do órgão.