O ambiente do restaurante encanta à primeira vista, com um cardápio que promete uma experiência gastronômica italiana única. No entanto, a realidade se apresenta de forma exagerada, com pratos grandes demais e elementos em excesso que acabam por criar uma verdadeira cacofonia de sabores.
Um exemplo claro desses excessos é o ravióli de gema, que, apesar de ter virado moda nas redes sociais, perde sua essência em um molho de parmesão trufado. O mesmo acontece com a burrata em crosta crocante com pesto, que, apesar de impressionar visualmente, falha em entregar sabor e textura.
Até mesmo as massas e as carnes do Paparoto Cucina seguem a mesma fórmula de excessos. O sacotini de queijo de cabra mistura tantos elementos que o destaque do prato se perde, enquanto o filetto grelhado envolto em massa crocante chega à mesa de forma imoderada, dificultando até mesmo o ato de comer.
Além disso, o restaurante peca nas sobremesas, com um tiramisu adornado com uma árvore de algodão doce que mais atrapalha do que complementa o sabor. A melhor opção, nesse caso, é o pudim de doce de leite com licor amaretto, que consegue equilibrar sabores e texturas de forma harmoniosa.
Em resumo, o Paparoto Cucina, apesar de ter potencial para oferecer uma culinária de qualidade, acaba sendo prejudicado pelos excessos presentes em seus pratos. Um restaurante que, assim como na moda, poderia se beneficiar da máxima de que, às vezes, menos é mais. Uma revisão na elaboração dos pratos poderia tornar a experiência gastronômica mais agradável e equilibrada para os clientes.