Republicanos controlam votação para expulsar congressista acusado de fraude no financiamento de campanhas e aguardam desfecho do caso criminal.

A Câmara dos Deputados está prestes a votar uma moção que exige uma maioria de dois terços, uma decisão que está gerando controvérsias entre os líderes republicanos, que atualmente têm uma estreita maioria de 222 a 213 assentos. O presidente da Câmara, Mike Johnson, expressou suas preocupações sobre a votação e afirmou que os líderes do partido não vão dizer aos membros como votar, pois alguns acreditam que o deputado em questão não deve ser expulso antes que seu caso criminal seja resolvido.

Durante uma coletiva de imprensa, Johnson compartilhou suas reservas em relação à votação e declarou: “Pessoalmente, tenho sérias reservas quanto a fazer isso. Estou preocupado com o precedente que pode ser criado”. Ele também havia anunciado que a votação ocorreria na quinta-feira, porém, assessores republicanos, falando sob condição de anonimato, indicaram mais tarde que a votação está prevista para sexta-feira.

A questão em pauta envolve o distrito de Santos, que abrange uma pequena parte da cidade de Nova York e alguns de seus subúrbios a leste, e é considerado competitivo para as próximas eleições. No dia 16 de novembro, o Comitê de Ética divulgou um relatório sobre alegações de fraude no financiamento de campanhas envolvendo Santos. O relatório documentou um padrão de contabilidade deficiente e uso indevido de fundos de campanha tão difundido que sua eleição “colocou em questão a integridade da Câmara”.

Essa situação tem gerado um intenso debate entre os membros da Câmara dos Deputados, alguns defendendo que a votação seja adiada até que o caso criminal de Santos seja resolvido, enquanto outros argumentam que a integridade da Câmara está em jogo. A expectativa é que a votação resulte em uma decisão polarizada, refletindo a divisão partidária dentro da Casa.

A votação de sexta-feira será acompanhada de perto, uma vez que influenciará não apenas o futuro político de Santos, mas também a dinâmica interna da Câmara dos Deputados. A contagem regressiva para a votação final começou, e a pressão sobre os líderes republicanos está aumentando à medida que a data se aproxima. A decisão terá repercussões significativas no cenário político e eleitoral, tornando-se um ponto crucial para o partido republicano e para a integridade da Câmara dos Deputados como um todo.

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