Representante da ONU demonstra preocupação com projeto que restringe aborto legal no Brasil em visita ao país

Uma representante da Organização das Nações Unidas (ONU), em visita ao Brasil, manifestou preocupação com um projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados e busca restringir o acesso ao aborto legal no país. Najat Maalla, representante especial de Guterres para Violência contra Crianças, teve uma série de reuniões com parlamentares e entidades da sociedade civil em relação a essa proposta.

Durante uma reunião com a deputada federal Sâmia Bomfim, Maalla expressou que o projeto representa uma violação aos direitos de crianças e adolescentes, além de se colocar à disposição para articular em torno dessa questão e fornecer dados relacionados à violência contra crianças.

O projeto em discussão prevê um limite de 22 semanas para a interrupção da gestação e estabelece que vítimas de abuso sexual que optem pelo procedimento após esse prazo sejam punidas com reclusão de seis a 20 anos. Diante disso, a representante da ONU ressaltou a gravidade dessa proposta, especialmente considerando que a maioria das vítimas de estupro no Brasil são crianças e adolescentes.

Além de discutir o projeto de lei, Maalla propôs a criação de um grupo de trabalho permanente na Câmara dos Deputados para acompanhar proposições relacionadas a crianças, bem como a criação de um conselho mirim-juvenil para permitir a participação direta de crianças e adolescentes na construção de políticas voltadas para eles.

Enquanto isso, o produtor Rodrigo Teixeira marcou presença na estreia do espetáculo “Aqui 1.000.000.000.000”, dirigido por Elisa Ohtake, no Sesc 24 de Maio, em São Paulo. A presença de personalidades como o cineasta Sergio Glasberg e a atriz Mika Lins também foi destacada no evento.

A visita da representante da ONU ao Brasil trouxe à tona discussões importantes sobre direitos das crianças e adolescentes, bem como questões relacionadas ao acesso ao aborto legal no país. Espera-se que esses debates contribuam para a promoção de políticas mais inclusivas e efetivas para essa parcela da população.

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