O cenário político brasileiro tem passado por mudanças significativas, especialmente nas eleições de 2020, que trouxeram novos rostos e novas promessas de renovação. No entanto, o processo de renovação política se mostrou mais complexo do que se imaginava, como ficou claro nas eleições de 2024. Nem todos os novos representantes conseguiram se manter no poder, demonstrando que a promessa de mudança esbarra muitas vezes na dura realidade do jogo político.
Muitos desses novos eleitos chegaram ao poder como “não políticos”, atraindo eleitores cansados da velha política e prometendo transformações. No entanto, uma vez eleitos, tiveram que lidar com as nuances e exigências do sistema político tradicional. A capacidade de transformar promessas em ações concretas requer habilidades políticas, como negociação e articulação, que nem todos os novos representantes possuíam.
A diferença entre aqueles que conseguiram se manter no jogo político e os que sucumbiram está na capacidade de adaptação. Ser eleito é apenas o primeiro passo; é preciso aprender a navegar pelo ambiente legislativo e a fazer política de forma efetiva. Os políticos experientes souberam capitalizar suas habilidades, mantendo seus mandatos por meio de alianças estratégicas e conhecimento do funcionamento do Legislativo.
A experiência no mercado financeiro também tem se mostrado um diferencial importante para alguns novos líderes políticos. A capacidade de diálogo, negociação e busca por resultados concretos tem sido fundamental para transformar promessas em ações efetivas, como demonstrado nos projetos de lei aprovados em áreas como educação e gestão pública.
As eleições de 2024 reforçaram a importância da renovação política, mas também evidenciaram a necessidade de adaptação e aprendizado constantes. A política exige não apenas ideias novas, mas também a capacidade de transformá-las em realidade por meio de estratégia e comprometimento. As mudanças reais dependem não apenas da renovação, mas também da ação e da capacidade de construir alianças.