De acordo com informações da Folha, o Ministério de Direitos Humanos e Cidadania havia planejado pedidos de desculpas públicos como parte das celebrações dos 60 anos do golpe. Um possível slogan para a ação era “60 anos do golpe 1964-2024 – sem memória não há futuro”. No entanto, o presidente vetou essa iniciativa, demonstrando sua postura de não querer remoer o passado.
Em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, Lula expressou sua opinião sobre o assunto, afirmando que não gostaria de ficar remoendo o passado. Ele destacou que se preocupa mais com o golpe de janeiro de 2023 do que com os acontecimentos de 1964. O presidente ressaltou que, apesar de não termos todas as informações sobre aquela época e ainda haver questões a serem apuradas, é importante não ficar preso ao passado e sim buscar avançar como país.
“O que eu não posso é não saber tocar a história para frente, ficar remoendo sempre, remoendo sempre, ou seja, é uma parte da história do Brasil que a gente ainda não tem todas as informações, porque tem gente desaparecida ainda, porque tem gente que pode se apurar. Mas eu, sinceramente, eu não vou ficar remoendo e eu vou tentar tocar esse país para frente”, declarou o presidente Lula.
Diante desse cenário, a decisão do presidente de não realizar qualquer cerimônia para os 60 anos do golpe militar gera divisão de opiniões e promete gerar protestos por parte daqueles que esperavam um gesto de reconciliação e reconhecimento das violações ocorridas durante o regime militar. A controvérsia em torno desse tema continua a movimentar a esfera política e social do país.