Essa prática de relacionamento aberto não é novidade e vem se tornando cada vez mais comum em diversas gerações. Acordos, limites e regras são considerados essenciais para garantir que as expectativas de ambas as partes estejam alinhadas e que haja responsabilidade mútua. No caso de Lucas, a ideia de um relacionamento não monogâmico surgiu de experiências anteriores e de sua própria identidade não monogâmica.
Inicialmente, o namoro de João Victor e Lucas era fechado, mas ao longo do tempo eles foram abrindo espaço para novas experiências e, atualmente, encontros sexuais individuais já fazem parte do acordo estabelecido. No entanto, nem tudo são flores nesse tipo de relação. O ciúme ainda é uma questão a ser trabalhada, e ambos reconhecem a importância de lidar com suas inseguranças e compreender como a sociedade influencia esses sentimentos.
De acordo com o pesquisador Antonio Pilão, especialista em não monogamia, embora haja um universo de possibilidades nesse modelo de relacionamento, é comum que as pessoas enfrentem frustrações ao longo do processo. Muitos casais acabam desistindo diante das dificuldades, como lidar com o ciúme e a hierarquização das relações. No entanto, existem casais, como Alex e Márcia, que há 12 anos mantêm um casamento aberto, estabelecendo acordos e limites que funcionem para ambos.
A comunicação é apontada como sendo fundamental para o sucesso desses relacionamentos não monogâmicos, e a maturidade ajuda a resolver possíveis atritos que surgem ao longo do caminho. Embora enfrentem julgamentos e críticas, especialmente nas redes sociais, esses casais estão determinados a viver de acordo com suas próprias regras, construindo relacionamentos que refletem suas necessidades e desejos individuais.