Regime de exceção em El Salvador deixa pelo menos 176 crianças órfãs devido à morte de pais sob custódia presidencial

No último dia 10, uma triste realidade veio à tona, mostrando as consequências devastadoras do regime de exceção aplicado pelo presidente Nayib Bukele em El Salvador. De acordo com uma denúncia feita por uma ONG, pelo menos 176 crianças salvadorenhas ficaram órfãs devido à morte de um ou de ambos os pais enquanto estavam sob custódia estatal.

A ONG Cristosal foi a responsável por trazer esses dados alarmantes à luz, revelando que mais de 176 filhos e filhas de pessoas detidas perderam seus pais nos primeiros dois anos da implementação da medida do presidente Bukele. Essas crianças agora enfrentam uma realidade dolorosa e incerta, sem a presença e o apoio dos pais.

Além disso, o relatório apresentado pela organização apontou que, entre os anos de 2022 e 2024, ocorreram 261 mortes de adultos detidos sob custódia do Estado. Zaira Navas, chefe da unidade de Estado de Direito da ONG, destacou esses números alarmantes, que evidenciam a gravidade da situação e a necessidade de medidas urgentes para proteger os direitos humanos e a integridade das pessoas detidas.

A sociedade civil e organizações de direitos humanos estão mobilizadas para pressionar o governo de El Salvador a rever suas políticas e buscar soluções que garantam a proteção das crianças e adultos envolvidos nesse contexto. O caso das crianças órfãs é especialmente delicado e exige atenção e cuidado para garantir seu bem-estar e futuro.

Diante dessas revelações preocupantes, a comunidade internacional também se manifestou, pedindo investigações transparentes e a responsabilização dos culpados pelas mortes ocorridas sob custódia do Estado em El Salvador. A violação dos direitos humanos não pode ser tolerada e é fundamental que sejam adotadas medidas eficazes para evitar que mais vidas sejam perdidas nesse contexto de exceção.

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