Essa manobra do governo chavista veio como resposta à concessão feita pela Guiana, em outubro passado, para seis empresas petrolíferas, incluindo a americana Exxon e a francesa TotalEnergy, explorarem suas costas. Isso gerou protesto da Venezuela, que considera essas águas como pendentes por delimitar, desencadeando a convocação do referendo.
A disputa pelo território do Essequibo é antiga, com mais de um século de história. Trata-se de uma região de 160.000 km², rica em petróleo e minerais, administrada pela Guiana. No entanto, a descoberta de grandes reservas de petróleo na região pela companhia ExxoMobil reacendeu as tensões entre os dois países. A situação se agravou ainda mais após a Guiana conceder licitações a empresas estrangeiras e locais para explorar essas jazidas.
Diante desse cenário, o governo da Guiana afirmou que está “vigilante” em relação às medidas tomadas pela Venezuela. O procurador-geral guianês, Anil Nandlall, chegou a declarar que recorrerá ao Conselho de Segurança das Nações Unidas se a disputa pelo Essequibo escalar.
A situação diplomática entre os dois países continua tensa e a questão territorial e de exploração de recursos naturais promete ser um ponto de conflito no futuro próximo. A comunidade internacional observa atentamente o desenrolar desse impasse, que envolve interesses geopolíticos e econômicos de grande relevância.