Na tentativa de conquistar o apoio dos árabes contra os turcos durante a guerra, bem como o respaldo dos judeus nos impérios Russo, Austro-Húngaro e nos Estados Unidos, a Grã-Bretanha fez promessas ambíguas aos dois lados. Aos árabes, foi prometido um grande Estado independente que incluiria a Palestina, enquanto aos judeus foi assegurado um “lar nacional” na mesma região.
Com o mandato britânico sobre a Palestina, as comunidades judaicas e árabes passaram a disputar espaço na região. Os sionistas trouxeram jovens pioneiros da Europa Oriental para cultivar terras adquiridas de árabes por milionários judeus, ao passo que os nacionalistas árabes lançavam ataques armados contra as novas comunidades judaicas, colocando os britânicos no meio do conflito, ora limitando a imigração judaica, ora restringindo os ataques dos militantes árabes.
O cenário mudou drasticamente durante a Segunda Guerra Mundial, que ocorreu entre 1939 e 1945. Com mais de seis milhões de judeus sendo massacrados pelos nazifascistas na Europa, o sionismo ganhou força entre os sobreviventes judeus. Com a retirada das tropas britânicas da Palestina prevista para 1947, os sionistas conseguiram o apoio da União Soviética e dos Estados Unidos à divisão do território, devido à simpatia mundial gerada pelo massacre dos judeus durante a guerra.