De acordo com dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, em 47 desses dias as temperaturas superaram os recordes anteriores pela maior margem já registrada na era dos satélites. Esses números preocupantes indicam que o oceano está se aquecendo mais rapidamente do que o esperado, impactando diretamente a vida marinha e os ecossistemas marinhos.
O rápido aumento do aquecimento dos oceanos tem trazido desafios para os cientistas, que estão tentando compreender por que essas mudanças estão ocorrendo de forma mais acelerada do que previsto. A professora de impactos das mudanças climáticas, Hayley Fowler, da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, afirma que o salto nas temperaturas do oceano é alarmante, destacando a dificuldade em simular e compreender esses aumentos.
Além dos impactos no ambiente marinho, o aquecimento dos oceanos tem reflexos diretos na intensificação das chuvas, na redução da oxigenação das profundezas oceânicas e no aumento do nível do mar. A redução da velocidade da Circulação Meridional de Capotamento do Atlântico (AMOC) é um fator preocupante que pode resultar em mudanças significativas no clima global.
Os recordes de temperatura dos mares estão desestabilizando o planeta e gerando consequências graves para a humanidade. Furacões mais intensos e frequentes, ondas de calor extremas e a perda de biodiversidade marinha são apenas alguns dos efeitos que já estamos presenciando. É fundamental compreender e agir diante desse cenário para mitigar os impactos do aquecimento dos oceanos e garantir a sustentabilidade do nosso planeta.