Reajuste de 4,5% nos preços dos remédios entra em vigor a partir de 31 de março, segundo decisão da Cmed.

A Cmed (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) oficializou nesta quinta-feira (28) o aumento de 4,5% nos preços dos remédios. O reajuste entrará em vigor a partir do dia 31, conforme publicado no Diário Oficial da União.

Este aumento anual dos preços é baseado em um cálculo que leva em consideração a inflação no período medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que atingiu 4,5% nos últimos 12 meses até fevereiro.

Diferentemente de anos anteriores, em 2024 não haverá distinção de aumento em três faixas, baseando-se, agora, na competitividade do mercado para indicar os valores dos medicamentos. Além disso, outros índices utilizados na conta da indústria farmacêutica foram estabelecidos como zero pela Cmed, em uma resolução anunciada em fevereiro.

Embora autorizado a partir de 1º de abril, o reajuste não será imediato, dependendo da postura de cada farmácia e da indústria farmacêutica.

Com a menor taxa de aumento desde o início da pandemia de Covid-19 em março de 2020, este reajuste de 4,5% é o menor desde então, marcando uma desaceleração em relação aos anos anteriores. Em 2022, por exemplo, o reajuste foi de 10,89%, o maior desde 2016.

Para os consumidores, existe a recomendação de pesquisar por promoções e descontos nas farmácias antes que o reajuste entre em vigor. Grandes redes do setor estão anunciando descontos que chegam a até 90% em alguns casos, sendo essencial que os consumidores façam uma busca criteriosa antes de adquirir seus medicamentos.

Caso haja algum aumento acima dos 4,5% estabelecidos, os consumidores são orientados a denunciar à Cmed por meio dos canais de comunicação da Anvisa, apresentando uma série de documentos que comprovem a irregularidade.

Além do reajuste anual, alguns estados brasileiros já aplicaram aumentos nos preços dos medicamentos devido ao aumento do ICMS, impactando diretamente no bolso dos consumidores. A Abrafarma se posicionou contrária a essa “sanha arrecadatória” dos estados, destacando os impactos negativos sobre o acesso à saúde.

Em resumo, os consumidores devem ficar atentos aos aumentos de preços nos medicamentos, buscando por promoções e descontos, e denunciando qualquer irregularidade que ultrapasse o reajuste estabelecido pela Cmed. É importante estar informado e consciente sobre as alterações nos preços dos remédios para garantir um consumo mais consciente e econômico.

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