Apesar das chuvas escassas, que não foram suficientes para transbordar rios, a mudança climática também é apontada como um fator relacionado às atividades humanas que contribuem para os incêndios. Cyntia Santos, analista de conservação da ONG WWF-Brasil, ressalta a importância de uma abordagem sistêmica para compreender as razões por trás das queimadas e enfatiza a urgência de controlar o desmatamento e recuperar áreas degradadas.
É evidente a interligação entre os biomas, como o Cerrado que conecta áreas fundamentais da Amazônia, destacando a importância das cabeceiras do Pantanal como áreas prioritárias para a preservação e restauração do meio ambiente. Santos ressalta a necessidade de um esforço coletivo para garantir a resiliência das espécies diante das intempéries climáticas.
Enquanto isso, na Amazônia, os registros de queimadas atingiram níveis alarmantes, com 12.696 focos detectados entre janeiro e junho, representando um aumento de 76% em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa alta só fica abaixo dos incêndios ocorridos em 2003 e 2004, com 14.667 e 14.486 focos registrados, respectivamente, nos primeiros seis meses desses dois anos.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental adotar medidas urgentes para combater os incêndios e promover a preservação dos biomas brasileiros, garantindo a sustentabilidade ambiental para as gerações futuras.