PSOL aciona STF contra lei que proíbe saidinha de presos em feriados para visitar familiares, alegando inconstitucionalidade e violação de direitos.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) ingressou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra uma lei aprovada pelo Congresso Nacional que proíbe os presos do regime semiberto, com bom comportamento, de saírem da prisão em feriados para visitar suas famílias. Essa prática, conhecida como saidinha, foi vetada pelo presidente Lula, mas o veto foi derrubado pelos parlamentares.

A sigla alega que essa lei fere a Constituição, pois elimina um instrumento legal de garantia de progresso no convívio social dos apenados em processo de ressocialização. Segundo a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada pelo PSOL, a medida adotada pelo Congresso amplia indiscriminadamente o encarceramento, desrespeitando os direitos fundamentais dos detentos.

Além disso, o partido argumenta que a visita à família é essencial para a ressocialização dos presos e que a eliminação desse direito pode gerar rebeliões e tentativas de fuga. Diante disso, o PSOL solicitou uma medida cautelar para suspender a aplicação da lei até que o mérito da ADI seja julgado.

A presidente do partido, Paula Coradi, enfatizou que a solução para a criminalidade no país não está no populismo penal, mas sim em medidas que fortaleçam a inteligência policial e contribuam efetivamente para a redução da violência. O Congresso aprovou a alteração na Lei de Execução Penal, acabando com as saídas temporárias em datas comemorativas para os presos do regime semiaberto, substituindo-as por saídas para estudo ou trabalho externo.

Portanto, a luta do PSOL no STF visa garantir os direitos dos apenados e questionar a constitucionalidade da lei aprovada, reforçando a importância da ressocialização dos detentos e criticando medidas que apenas aumentam o encarceramento sem contribuir efetivamente para a redução da criminalidade no país. Esse embate político e jurídico demonstra a preocupação do partido em proteger os direitos fundamentais dos cidadãos, mesmo daqueles que estão cumprindo penas no sistema carcerário.

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