O próximo passo é uma votação na Assembleia Geral do Parlamento, onde o partido de Erdogan também detém a maioria. Também se espera que o pedido sueco seja aprovado em uma votação que poderá ser realizada dentro de semanas. Erdogan então sancionaria a lei, concluindo um processo que frustrou alguns dos aliados de Ancara e testou os seus laços com o Ocidente.
O presidente da Comissão, Fuat Oktay, minimizou as expectativas de uma votação rápida na Assembleia Geral, dizendo a jornalistas no Parlamento que o presidente da Casa decidirá o momento da votação.
“A decisão de submetê-lo à assembleia geral foi tomada agora, mas isso não deve ser interpretado como (um sinal) de que será aprovado na Assembleia Geral com a mesma velocidade. Não existe tal coisa”, disse Oktay. O Parlamento fará recesso de duas semanas no início de janeiro.
O Partido AK de Erdogan, os seus aliados nacionalistas do MHP e o principal partido da oposição, o CHP, votaram a favor da ratificação, enquanto o pequeno partido islâmico Felicity e o partido nacionalista de direita Iyi votaram contra.
Em uma declaração após a aprovação da comissão, o ministro das Relações Exteriores sueco, Tobias Billstrom, disse que a Suécia saudou a medida e está ansiosa para aderir à Otan.
Boris Ruge, assistente do secretário geral para Assustos Políticos e de Segurança da Otan, disse na rede social X que a aprovação da proposta da Suécia pela comissão turca “é uma notícia excelente”.
O pedido de adesão da Suécia à OTAN é um assunto de grande importância geopolítica, visto que a cooperação militar entre os países membros pode ter grande influência nas relações internacionais. A Turquia, um país estratégico situado na confluência entre a Europa e o Oriente Médio, tem sido alvo de debates acerca do seu alinhamento com as potências ocidentais e o impacto que isso pode ter na região. A aprovação do pedido sueco pela Comissão de Relações Exteriores do Parlamento turco é um passo significativo nesse processo e merece atenção pela comunidade internacional.