Proposta brasileira para a reforma do Conselho de Segurança da ONU visa maior representatividade e democratização, afirma ministro das Relações Exteriores.

O governo brasileiro está preocupado com a representação e a eficiência do Conselho de Segurança da ONU e tem propostas de reforma para torná-lo mais democrático e atualizado. Entre as sugestões, o Brasil defende o aumento do número de membros permanentes, que poderiam chegar a 15, e o fim do direito de veto. Além disso, o país propõe a inclusão de nações como Brasil, Alemanha, Índia, Japão, e representantes dos países africanos e asiáticos para garantir uma representatividade mais global e equitativa.

Em entrevista à Reuters, o ministro brasileiro ressaltou a importância dessa mudança: “O Conselho de Segurança especificamente tem que ser reformado, tem que ser mais democrático, contar com a representação de mais países, de todos os continentes. Não é possível que a África, o maior continente, com uma população gigantesca, com países importantes, não esteja representada. Que a América Latina não esteja representada, outros países na Ásia, como a Índia. Isso é um absurdo e isso precisa ser mudado”.

Além das questões relacionadas à ONU, o Brasil também coloca em pauta a necessidade de reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC). O abandono dessa organização desde a gestão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou a perda de relevância e esquecimento da OMC. O ministro brasileiro destacou a importância dessa organização para o Brasil: “OMC também precisa ser reformada. Para o Brasil é fundamental, para questão agrícola é fundamental. O Brasil tem o multilateralismo na sua própria Constituição, no princípio da sua política externa. É uma arma importante para fazer valer as nossas posições”.

Mesmo em um cenário internacional tumultuado, com crises na Ucrânia e em Gaza, o ministro acredita que o momento é propício para avançar com as discussões no âmbito do G20. O Brasil se posiciona como um defensor do multilateralismo e busca reformas que reflitam a atual realidade global, visando garantir mais representatividade e eficácia nas decisões internacionais. Essas propostas refletem o comprometimento do Brasil em buscar soluções que promovam uma ordem internacional mais justa e inclusiva.

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