O caso que ganhou grande repercussão ocorreu no dia 13 de setembro, quando Nascimento fez o comentário ofensivo em referência à advogada Estrella durante uma audiência. As palavras foram proferidas em um momento de tensão durante o julgamento, o que gerou repúdio e indignação não só da profissional ofendida, mas também de diversas entidades e organizações ligadas à defesa dos direitos das mulheres.
Após a repercussão negativa do episódio, espera-se que medidas disciplinares fossem tomadas contra o promotor. No entanto, para surpresa de muitos, a atitude do procurador-geral de justiça foi permitir que Nascimento se aposentasse de forma voluntária, garantindo-lhe um vultuoso pagamento mensal no valor de R$ 42.345,52, sem descontos.
Essa decisão gerou um grande debate sobre a responsabilidade e ética dos membros do Ministério Público, bem como sobre o tratamento dado às denúncias de assédio e discriminação dentro da instituição. Muitas vozes foram levantadas para questionar a validade dessa aposentadoria, uma vez que Nascimento foi alvo de sérias acusações de conduta inadequada e desrespeitosa.
A advogada Catharina Estrella, vítima dos comentários ofensivos, se manifestou publicamente sobre o tema, demonstrando sua indignação com a decisão tomada pelo procurador-geral de justiça. Segundo ela, a aprovação da aposentadoria voluntária de Nascimento é um sinal de impunidade e incentivo a comportamentos discriminatórios no ambiente de trabalho.
Diante da polêmica envolvendo o caso, o Ministério Público do Amazonas ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação. No entanto, espera-se que sejam tomadas medidas para esclarecer e responder às críticas feitas à instituição, buscando garantir a transparência e a imparcialidade que se espera de um órgão tão importante para a sociedade.
No contexto atual em que a luta pela igualdade de gênero e o combate à discriminação ganham cada vez mais espaço, é fundamental que sejam tomadas atitudes firmes e claras contra quaisquer manifestações de desrespeito e violência. Casos como o de Nascimento, que ofendem e traumatizam não apenas as vítimas diretas, mas também todas as mulheres, devem ser tratados de forma exemplar, para que a justiça prevaleça e a sociedade se sinta protegida.