Projetos polêmicos são aprovados com pressa na Câmara Municipal antes do recesso, levantando críticas de urbanistas e vereadores de oposição.

Na última semana, urbanistas e vereadores de oposição à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) expressaram preocupação com a rapidez na aprovação de projetos antes do recesso parlamentar. Para eles, o momento foi escolhido estrategicamente visando evitar discussões mais aprofundadas.

De acordo com o vereador Celso Giannazi (PSOL), a gestão de Ricardo Nunes tem sido marcada pela falta de diálogo com a sociedade, principalmente em relação aos projetos de lei que foram encaminhados à Câmara Municipal. Giannazi destacou que muitos dos projetos aprovados não tinham urgência e foram aprovados sem o devido debate.

Já o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Nabil Bonduki, afirmou que a votação dos projetos antes do recesso não foi uma coincidência. Ele ressaltou que os interesses por trás dessa decisão podem resultar em contrapartidas para os vereadores durante o período eleitoral.

Por outro lado, o vereador Rodrigo Goulart (PSD), relator das propostas, negou que houve pressa na tramitação dos projetos. Ele argumentou que o trâmite seguiu os protocolos necessários e que a escolha do momento para a votação não teve ligação com o período eleitoral. Goulart ainda rebateu as críticas sobre a falta de tempo nas audiências públicas, alegando que os interessados não compareceram para participar dos debates.

Diante das críticas, a prefeitura se pronunciou brevemente, afirmando que o processo de discussão e votação dos projetos é de responsabilidade do Legislativo e não do Executivo. A nota divulgada pela prefeitura não abordou as críticas feitas pelos urbanistas e vereadores de oposição.

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