O governo tem adotado medidas como tratamentos tributários diferenciados, margem de preferência para fornecedores nacionais em licitações e exigência de conteúdo local na aquisição de insumos. Essas estratégias, embora busquem impulsionar a indústria nacional, podem resultar em custos para o Tesouro e empresas estatais.
A falta de transparência em relação aos custos efetivos dessas políticas levanta questões sobre a eficiência e sustentabilidade das mesmas. Sem uma avaliação clara dos impactos financeiros, torna-se difícil determinar se as ações governamentais estão sendo efetivas ou se estão apenas gerando desinformação.
Além disso, políticas industriais que já estão em vigor, como os gastos tributários relacionados à manufatura e à Zona Franca de Manaus, representam um custo considerável para o Estado, chegando a R$ 85 bilhões por ano. A indefinição sobre a manutenção ou reformulação dessas iniciativas em conjunto com a implementação do NIB levanta dúvidas sobre a priorização e eficácia das políticas em curso.
Diante desse cenário, é fundamental que o governo avalie de forma criteriosa os custos e benefícios de suas políticas industriais, evitando a sobreposição de medidas e garantindo que os recursos públicos sejam direcionados de forma eficiente para impulsionar o desenvolvimento do setor produtivo do país. A falta de clareza e transparência nesse sentido pode comprometer o sucesso e a sustentabilidade do Programa Nova Indústria Brasil.