Essa solicitação veio após uma reportagem do UOL revelar que pelo menos dez militantes bolsonaristas, condenados ou investigados por participarem dos ataques às sedes dos três Poderes, quebraram suas tornozeleiras eletrônicas e fugiram do Brasil. O procurador enfatizou a necessidade de assegurar a aplicação da lei penal ao solicitar essa inclusão na lista da Interpol, em processos que são relatados pelo ministro Alexandre de Moraes.
Segundo a reportagem, sete dos fugitivos já foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal a mais de dez anos de prisão por participarem da tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro do ano passado. Entre os fugitivos, seis são mulheres e a maioria é dos estados do Sul e Sudeste do Brasil, com idade média de 50 anos.
Foi identificado que ao menos um dos fugitivos solicitou asilo político na Argentina. As assessorias dos ministérios do Interior e das Relações Exteriores argentinos não revelaram quem entrou no país ou quem pediu asilo, alegando se tratar de dados pessoais. Vale ressaltar que, de acordo com as leis brasileiras, a destruição da tornozeleira eletrônica e a fuga não aumentam a punição, mas o fugitivo perde o direito ao regime aberto e volta ao regime semiaberto ou fechado. Além disso, facilitar a fuga é considerado crime e pode resultar em detenção de seis meses a dois anos.
Essa solicitação do procurador reflete a gravidade do caso e a importância de se garantir a aplicação efetiva da lei penal para esses foragidos, que representam uma ameaça à ordem pública e à segurança nacional. Espera-se que a Interpol atue de forma rápida e eficaz para auxiliar na captura e extradição desses indivíduos.