Além disso, a maioria dos oradores que se manifestaram contra a privatização são representantes do PT, incluindo Eduardo Suplicy, Jorge do Carmo, Luiz Marcolino, Reis, Rômulo Fernandes e Paulo Fiorilo, bem como Andrea Werner do PSB. A expectativa é que a votação ocorra na quarta-feira, com a base acreditando que o texto será aprovado com aproximadamente 50 votos, acima dos 48 necessários para a aprovação.
Durante as discussões, a deputada Mônica Seixas (PSOL) alegou que o governo já liberou R$ 170 milhões em decorrência da privatização da Sabesp. Ela afirmou que o dinheiro foi distribuído para atender a 107 pedidos feitos pelos deputados estaduais, e que a lista completa de pedidos totaliza quase R$ 700 milhões.
Seguindo essa linha, a deputada destacou que o governador Tarcísio de Freitas liberou R$ 20 milhões em emendas voluntárias para cada deputado aliado. Na última semana, o governador disponibilizou R$ 10 milhões para cada um em troca do apoio à privatização, e uma nova rodada de liberação de emendas do mesmo valor foi iniciada nesta semana, segundo o deputado Emídio (PT) em fala na tribuna.
Além disso, durante as discussões, a crise da Braskem em Maceió foi lembrada pela deputada Andrea, que alegou que a empresa “ignorou riscos”. Ela utilizou a Braskem como exemplo de como a iniciativa privada opera, a fim de criticar a venda da Sabesp.
Diante desse cenário, a votação do projeto de privatização da Sabesp segue gerando intensos debates e articulações políticas na Assembleia Legislativa. A expectativa é que, independente dos esforços da oposição, a base consiga garantir os votos necessários para a aprovação da medida.