Essa situação expôs o Exército de forma negativa por mais três dias, gerando questionamentos sobre a manutenção de um golpista matriculado no Colégio Interamericano de Defesa. A escola, sediada em Washington, oferece cursos de graduação e pós-graduação a militares e agentes de forças de segurança de países vinculados à Organização dos Estados Americanos, proporcionando uma formação estratégica para assumir cargos importantes nos governos de seus respectivos países.
A matrícula do coronel Romão na escola sobreviveu à transição do governo por um ano e dois meses, chamando a atenção para o fato de que ele permaneceu nos Estados Unidos 14 meses após a posse do presidente Lula, cuja posse o bolsonarismo tentou impedir. A investigação da Polícia Federal descobriu que o coronel Romão estava organizando reuniões de militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, que estavam treinados para agir na consumação do golpe e até mesmo prender Alexandre de Moraes.
Esses acontecimentos geraram um grande impacto e levantaram questões sobre a capacidade do Exército em lidar com a presença de militares envolvidos em atividades antidemocráticas. Além disso, houve críticas em relação à matrícula do coronel Romão em uma instituição de ensino estratégica, o que levantou questionamentos sobre a responsabilidade do Exército ao monitorar e supervisionar as atividades de seus membros.
Em resumo, a prisão do coronel Romão e as revelações sobre suas atividades e matrícula na escola em Washington expuseram o Exército a críticas e questionamentos, resultando em um impacto negativo na imagem da instituição perante a opinião pública e autoridades governamentais.