As tensões entre Noboa e o presidente venezuelano Nicolás Maduro aumentaram, com o último alertando o líder equatoriano para não “se meter” com a Venezuela. Apesar das ameaças, Noboa, que se autoproclama como um líder de centro-esquerda apoiado por partidos de direita, está firme em seu apoio por “eleições livres na Venezuela, que exista transparência nesse ato democrático, que se fortaleça a democracia”, segundo Sommerfeld.
Essa posição levou a chanceler equatoriana a considerar uma possível resposta à Venezuela. Ela, no entanto, enfatizou a importância de agir com calma e prudência, sem deixar de ser contundente com as posições e a política externa.
As relações diplomáticas entre Equador e Venezuela já estavam abaladas desde 2019, durante o governo de Lenín Moreno, quando o Equador rompeu oficialmente os laços diplomáticos com o país vizinho. Além disso, Noboa, que assumiu a presidência em novembro para um mandato-tampão de 18 meses, lançou uma guerra contra as organizações do narcotráfico, que atacaram o Estado e a população em janeiro deste ano, resultando na morte de cerca de 20 pessoas e no sequestro temporário de mais de 200 policiais e guardas penitenciários.
Nesse contexto conturbado, o Equador se vê diante de desafios políticos e diplomáticos, enquanto tenta afirmar sua posição em relação à crise na Venezuela e lidar com questões internas, como a luta contra o narcotráfico. A situação permanece tensa, e a incerteza paira sobre o futuro das relações entre os dois países latino-americanos.