Macaé Evaristo é reconhecida no meio educacional e nas discussões sobre racismo, sendo a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação no município de Belo Horizonte e no estado de Minas Gerais. Além disso, ela já atuou no governo federal durante a gestão de Dilma Rousseff, comandando a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão.
A escolha de Macaé como ministra dos Direitos Humanos foi bem recebida por aliados de Lula, que a consideravam a principal favorita para o cargo. Outros nomes foram cogitados, como a ex-ministra Nilma Lino Gomes e o secretário licenciado da Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, mas prevaleceu a escolha da deputada mineira.
No entanto, havia receios quanto à pretensão de Macaé em disputar uma eleição para a Câmara dos Deputados em 2026, o que poderia afetar sua permanência no governo. Atualmente, o Ministério dos Direitos Humanos é ocupado interinamente por Esther Dweck.
A demissão de Silvio Almeida após as denúncias de assédio sexual gerou repercussão tanto entre apoiadores quanto críticos do governo. A direita utilizou o caso para atacar a esquerda, enquanto dentro do próprio campo político houve divergências em relação ao episódio.
A área dos direitos humanos era uma das prioridades do governo petista, especialmente considerando a má imagem internacional do governo anterior, do então presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro, por sua vez, não perdeu a oportunidade de criticar o ex-ministro de Lula, chamando-o de “taradão da Esplanada”.
Assim, a nomeação de Macaé Evaristo como ministra dos Direitos Humanos representa uma mudança significativa na pasta, trazendo uma liderança reconhecida por seu trabalho na área educacional e no combate ao racismo. O desafio agora será consolidar e avançar nas políticas de direitos humanos no Brasil.