Essa não é a primeira vez durante seu mandato que Lula promete intensificar os esforços de articulação política. Além disso, o presidente também sinalizou interesse em participar de encontros com líderes dos partidos aliados, numa tentativa de superar as dificuldades enfrentadas desde o início de seu mandato. O ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política, tem sido alvo de críticas frequentes.
No entanto, no Planalto, a percepção é de que a gestão enfrenta limitações diante de um Legislativo conservador. O senador Randolfe Rodrigues, sem partido, destacou que o “pacto de governabilidade” com as siglas da centro-direita não deve abordar pautas de costumes, priorizando temas econômicos. Mesmo nessa área, o governo enfrenta crises, como a recente polêmica envolvendo a medida provisória que altera regras do PIS/Cofins.
O programa de áudio “Café da Manhã” da Folha discutiu o momento atual da articulação política do governo, analisando os desafios e limitações que o Planalto enfrenta no Congresso em um ano eleitoral. O jornalista e analista político Thomas Traumann destacou a importância das negociações políticas e os interesses de Câmara e Senado nesse processo.
Em meio a esse cenário, Lula busca reforçar sua presença nas articulações políticas, visando superar as dificuldades e conquistar apoio para sua agenda legislativa. A promessa de reuniões semanais com os líderes do governo reflete a tentativa do presidente de consolidar sua base política e garantir maior governabilidade em um momento crucial para o país.