Ao se dirigir aos presentes no evento, o presidente afirmou: “Quando eu vetei o Marco Temporal, eu imaginei que o Congresso não teria coragem de derrubar o meu veto, e ele teve. Porque a maioria dos congressistas não têm compromisso com nenhum povo indígena, o compromisso deles é com grandes fazendas, com grandes propriedades”. Essa declaração de Lula reflete sua preocupação com a priorização de interesses econômicos em detrimento dos direitos e da preservação das terras indígenas.
A tese do Marco Temporal tem gerado controvérsias e divergências entre os poderes. Enquanto o Supremo Tribunal Federal considera a medida inconstitucional, o Congresso Nacional aprovou uma lei sobre o assunto que acabou sendo vetada e posteriormente derrubada por Lula. O presidente reiterou sua posição contrária à tese e destacou que a discussão continua em andamento na Suprema Corte federal.
A cerimônia de celebração do retorno do Manto Sagrado Tupinambá ao Brasil foi realizada no Rio de Janeiro, na Biblioteca Central do Museu Nacional, e contou com a presença de representantes do Ministério dos Povos Indígenas. O manto, objeto raro e sagrado para o povo Tupinambá, estava sob posse do Museu da Dinamarca e foi trazido de volta ao Brasil no início do mês de julho deste ano.
O evento marcou um momento significativo de valorização e respeito à cultura indígena, reafirmando a importância da preservação das tradições e do reconhecimento dos direitos dos povos originários. A discussão sobre o Marco Temporal e a garantia dos territórios indígenas permanecem como temas relevantes e urgentes no cenário político brasileiro.