De acordo com informações do governo, durante a conversa Lula fez questão de relembrar o reconhecimento do Estado palestino pelo Brasil e manifestou preocupação com a situação dos civis afetados pela violência em Gaza, além de condenar os “ataques terroristas” contra civis israelenses. O presidente brasileiro ressaltou a importância da criação de um corredor humanitário e da imediata libertação dos reféns mantidos pelo grupo islâmico Hamas, pois considera injusto que os inocentes em Gaza paguem o preço da insanidade daqueles que desejam a guerra.
A nota oficial emitida pelo governo destacou que ambos os líderes concordaram com a necessidade de buscar uma solução pacífica e a paz para a região. A conversa entre Lula e Abbas ocorreu no mesmo dia em que os 16 brasileiros foram transferidos para uma área mais segura, longe dos bombardeios, em Khan Yunis, próximo da fronteira com o Egito.
Agora, as autoridades brasileiras estão buscando coordenação com os governos egípcio, palestino e israelense para garantir a travessia segura da fronteira entre Gaza e o Egito. Segundo informações do governo, os brasileiros estão hospedados em uma casa alugada a uma curta distância do posto de fronteira com o Egito. Antes disso, o grupo estava abrigado em uma escola católica no norte de Gaza e foi transportado até Khan Yunis, no sul, em um ônibus fretado pelo governo federal.
No entanto, apesar da autorização inicial do governo israelense para a travessia da fronteira, a permissão foi posteriormente revogada e a passagem não foi liberada. A segunda etapa da operação é justamente a passagem para o Egito por Rafah, mas ainda não há uma data prevista para essa travessia, de acordo com o embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas.
Além disso, Lula também entrou em contato com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, para solicitar apoio na retirada dos brasileiros de Gaza. Durante a ligação, Lula informou que assim que os brasileiros atravessarem a passagem de Rafah, serão acompanhados pelo embaixador brasileiro até o Aeroporto de Arish, onde seguirão em uma aeronave da Força Aérea Brasileira com destino ao Brasil. Os dois presidentes concordaram sobre a urgência em permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza e reafirmaram a defesa da solução de dois Estados, além de acordarem manter consultas frequentes sobre a crise em curso.
É importante ressaltar que as informações acima foram obtidas de forma extraoficial e não foram fornecidas pela fonte da notícia.
*Com informações da Ansa e Brasil de Fato.