Presidente em exercício, Geraldo Alckmin, propõe retomada do Imposto de Importação para compras internacionais de até US$ 50.

O presidente em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), anunciou hoje que a retomada do Imposto de Importação é a próxima medida a ser adotada pelo governo em relação às compras internacionais de até US$ 50. A isenção do imposto para compras de até US$ 50, principalmente para varejistas com certificação no programa Remessa Conforme, tem sido alvo de críticas por parte de concorrentes brasileiros.

Alckmin afirmou em um evento em Brasília que o comércio eletrônico já está sujeito à tributação de ICMS e que o próximo passo seria a retomada do Imposto de Importação, mesmo para compras inferiores a US$ 50. No entanto, em outro evento, ele afirmou que ainda não havia uma decisão definitiva sobre o assunto, mas defendeu a medida.

Além do Imposto de Importação, todos os estados cobram uma alíquota de 17% de ICMS em operações de importação por comércio eletrônico, conforme definido pelo Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária).

A proposta de Orçamento de 2024 considera a retomada do Imposto de Importação de 20%, o que representaria uma arrecadação de R$ 2,86 bilhões, incluindo iniciativas como o programa Remessa Conforme.

O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, ressaltou em setembro que a decisão sobre o valor do imposto ainda não foi tomada, mas que uma alíquota mínima de 20% tem sido considerada.

A retomada da tributação para compras internacionais de até US$ 50 é vista como uma iniciativa que pode ajudar o governo na tarefa de aumentar a arrecadação e manter a busca por zerar o déficit em 2024. No projeto do Orçamento do próximo ano, a equipe econômica incluiu R$ 168 bilhões em receitas extras, provenientes de medidas que ainda aguardam aprovação do Congresso ou implementação pelo Executivo.

Diante dessas proposições e discussões em andamento, fica claro que o governo está buscando alternativas para reequilibrar as contas e evitar tratamentos diferenciados entre varejo nacional e comércio eletrônico internacional. A retomada do Imposto de Importação é vista como uma das medidas necessárias para atingir esse objetivo. Ainda não há uma decisão final sobre o assunto, mas a discussão continua em pauta.

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