Outro ponto importante nas propostas de Milei é a promessa de não realizar obras públicas, a menos que sejam financiadas pela iniciativa privada. Essa decisão foi incluída no pacote de reformas e significa um veto a essa prática. Além disso, espera-se a proibição do Banco Central de emitir e financiar o Tesouro e a suspensão dos aportes não reembolsáveis aos Estados, além do congelamento de benefícios às empresas privadas e a adequação dos salários públicos ao orçamento congelado e a conversão de empresas públicas em sociedades anônimas.
Também há especulações sobre um possível aumento do imposto de importação, que atualmente é de 7% e poderia chegar a 30%, o que resultaria em um aumento nos preços dos produtos importados. A revisão dos planos sociais e das aposentadorias é outra proposta em pauta, mas essas medidas precisam passar pelo Congresso.
No entanto, a implementação dessas medidas pode ser complexa e enfrentar resistência, já que Milei parece não ter apoio suficiente para mudar leis, pelo menos até o momento. Um dos grupos políticos que deverão ser disputados por Milei é o PRÓ, que participa da coligação Juntos pela Mudança e que não está totalmente alinhado com as propostas de Milei.
A figura do indicado como Ministro da Infraestrutura, Guillermo Franco, é vista como chave para reconfigurar os apoios necessários no Congresso. Franco é considerado um político com grande capacidade de diálogo com os governadores das províncias e seus respectivos deputados e senadores, sendo fundamental para fazer alianças e aprovar leis importantes para Milei, como a redução de ministérios e gastos públicos, promessas de campanha do presidente eleito.
Portanto, as propostas de reformas econômicas de Milei estão gerando expectativas e incertezas sobre como serão implementadas e quais serão suas repercussões no país. Ainda não está claro como o governo lidará com essas questões e se conseguirá apoio suficiente para implementar suas propostas.