Em entrevista à Folha, Agostinho explicou que solicitou mais informações à Petrobras, especialmente sobre a localização de uma base de apoio para monitoramento da perfuração em Oiapoque, no Amapá. A indefinição sobre a construção dessa base, considerada crucial em caso de acidentes, tem sido um dos principais pontos de divergência no processo.
Anteriormente, a base de apoio estava planejada para ser construída em Belém, a uma distância considerável do local de perfuração, o que resultaria em um tempo de resposta inadequado em situações de emergência. Agostinho enfatizou que a Petrobras está em negociações para definir a localização da base mais próxima da área de perfuração.
Para o presidente do Ibama, enquanto a questão da base de apoio não for resolvida, o arquivamento do processo não é justificado. Ele destacou que a direção da empresa solicitou complementações e que a Petrobras deve apresentar essas informações nas próximas semanas.
A atuação de Rodrigo Agostinho no caso tem gerado debates e levantado questões sobre a postura do Ibama em relação ao licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na região da Amazônia. A expectativa é que a Petrobras forneça esclarecimentos adicionais e que o Ibama tome uma decisão final após avaliar o novo material apresentado pela empresa.