Presidente do Ibama adia decisão sobre licença ambiental da Petrobras na Foz do Amazonas em meio a polêmica sobre base de apoio

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, está no centro de uma polêmica envolvendo a Petrobras e o licenciamento ambiental para exploração de petróleo na bacia Foz do Amazonas. Técnicos do Ibama rejeitaram os novos estudos apresentados pela empresa e recomendaram o arquivamento do processo, mas Agostinho decidiu dar mais tempo para a Petrobras fornecer explicações adicionais.

Em entrevista à Folha, Agostinho explicou que solicitou mais informações à Petrobras, especialmente sobre a localização de uma base de apoio para monitoramento da perfuração em Oiapoque, no Amapá. A indefinição sobre a construção dessa base, considerada crucial em caso de acidentes, tem sido um dos principais pontos de divergência no processo.

Anteriormente, a base de apoio estava planejada para ser construída em Belém, a uma distância considerável do local de perfuração, o que resultaria em um tempo de resposta inadequado em situações de emergência. Agostinho enfatizou que a Petrobras está em negociações para definir a localização da base mais próxima da área de perfuração.

Para o presidente do Ibama, enquanto a questão da base de apoio não for resolvida, o arquivamento do processo não é justificado. Ele destacou que a direção da empresa solicitou complementações e que a Petrobras deve apresentar essas informações nas próximas semanas.

A atuação de Rodrigo Agostinho no caso tem gerado debates e levantado questões sobre a postura do Ibama em relação ao licenciamento ambiental para a exploração de petróleo na região da Amazônia. A expectativa é que a Petrobras forneça esclarecimentos adicionais e que o Ibama tome uma decisão final após avaliar o novo material apresentado pela empresa.

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