Presidente de El Salvador busca reeleição indefinida e concentra poderes, desafiando a democracia e alarmando analistas.

Recentemente, o presidente de El Salvador, Nayib Bukele, tem sido alvo de críticas e preocupações por parte de analistas políticos e especialistas em democracia. Nas redes sociais, ele não hesita em ironizar aqueles que o chamam de “ditador”, e conta com apoio de outros poderes do Estado, como os magistrados que lhe permitiram pleitear a reeleição, mesmo sendo proibido pela Constituição.

Aprovada pelos deputados, uma reforma constitucional tem gerado debates e controvérsias, pois poderá facilitar mudanças na legislação que, segundo analistas, poderiam permitir a reeleição indefinida de Bukele, aumentando ainda mais seu poder.

Tamara Taraciuk, do centro de análise Diálogo Interamericano, expressou preocupação com a rapidez com que Bukele tem eliminado mecanismos de controle e equilíbrio essenciais para a democracia. Ela afirmou que é difícil acreditar que o presidente irá rever suas medidas autoritárias, que já lhe garantiram a reeleição.

Na América Latina, Bukele é reconhecido como o presidente mais popular, principalmente devido às suas políticas de combate firme contra as gangues, que têm assolado a região. Políticas semelhantes já foram adotadas por outros líderes, como Daniel Noboa, do Equador, e Xiomara Castro, de Honduras.

A cerimônia de posse de Bukele contou com a presença de outros líderes políticos, como Santiago Peña, do Paraguai, Rodrigo Chaves, da Costa Rica, e inclusive o rei Felipe da Espanha. Os debates em torno do aumento do poder de Bukele e seus métodos autoritários continuam a despertar preocupações e críticas por parte de especialistas e observadores internacionais.

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