Presidente da Ucrânia critica Brasil por postura na conferência de paz sobre a Rússia, ignorando proposta conjunta com a China.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, voltou a disparar críticas contra o Brasil em meio ao contexto da invasão russa em seu país. Durante uma conferência de paz realizada na Suíça neste fim de semana, Zelenski aproveitou a oportunidade para questionar a postura brasileira em relação ao conflito, ressaltando que o país enviou apenas sua embaixadora como observadora, enquanto outros países participantes adotaram uma postura mais ativa.

Em suas declarações à imprensa, Zelenski ressaltou a importância dos países aderirem aos princípios civilizados e se unirem em busca de soluções para o conflito na Ucrânia. Ele criticou o Brasil e a China, que antes da reunião propuseram conjuntamente uma cúpula envolvendo ucranianos e russos, porém não participaram ativamente do evento na Suíça.

Não é a primeira vez que Zelenski expressa insatisfação com o governo brasileiro. Durante a campanha eleitoral de 2022, o presidente ucraniano já havia criticado a postura do Brasil em relação ao conflito na Ucrânia. Apesar dos esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em trazer a questão para si, a falta de musculatura geopolítica resultou em críticas por parte de Ucrânia, Estados Unidos e outros aliados.

A relação entre Brasil e Rússia também foi alvo de críticas por parte de Zelenski, que questionou a neutralidade brasileira no conflito. Apesar de o Brasil condenar a invasão russa em votações na ONU, a postura considerada arrogante e inflexível de Zelenski dificulta o diálogo com o país sul-americano.

Na conferência de paz, além do Brasil, países do Sul Global boicotaram o comunicado final, demonstrando divisões quanto às abordagens para solucionar o conflito na Ucrânia. A Índia, por seu peso geopolítico, foi um dos destaques nesse cenário de rejeição ao comunicado.

Em meio a essas tensões e críticas, a postura do Brasil em relação à guerra na Ucrânia permanece sob escrutínio, com desafios para estabelecer diálogos efetivos com outros atores internacionais envolvidos no conflito.

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