Segundo a colunista Mônica Bergamo, Prates solicitou uma reunião “definitiva” com o presidente Lula para discutir a sua permanência na companhia. O executivo aguarda uma resposta sobre esse encontro e espera receber o apoio do chefe do Executivo para permanecer no cargo. Caso ele deixe a Petrobras, um dos nomes cotados para substituí-lo é o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante.
As tensões entre Jean Paul Prates e membros do governo têm como motivos a discordância do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, sobre questões como a reinjeção de gás natural em poços de petróleo e o pagamento de dividendos extraordinários. Na quinta-feira, após a notícia de que a empresa poderia distribuir valores adicionais aos acionistas, a Petrobras esclareceu que não há nenhuma definição sobre o assunto.
A empresa informou que, no mês anterior, o Conselho de Administração propôs destinar o lucro remanescente do ano passado – cerca de R$ 44 bilhões – para a reserva de remuneração do capital, visando garantir o pagamento de dividendos futuros. A decisão final sobre essa proposta será feita durante a Assembleia Geral de Acionistas marcada para 25 de abril.
No mercado financeiro, as ações da Petrobras sofreram oscilações ao longo do dia, encerrando com uma queda de 1,41%. A situação de Jean Paul Prates continua incerta, aguardando uma definição sobre o seu futuro na empresa.