O encontro foi marcado por momentos peculiares, como o presente dado por Bolsonaro a Milei: a medalha “3is – imorrível, imbrochável e incomível”, uma clara ironia que o ex-presidente costuma utilizar com aliados políticos. Antes da reunião reservada, Milei tomou café com políticos bolsonaristas e a presença da irmã do presidente argentino, Karina Milei, e do ministro da Defesa da Argentina, Luis Petri, também foi notada.
Após o encontro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, comentou brevemente sobre a reunião, limitando-se a dizer que foi “ótimo” e, de forma descontraída, brincou dizendo que discutiram sobre futebol, sem mencionar se o ex-presidente Lula foi tema das conversas.
Além das agendas políticas, Milei também se encontrou com empresários locais para discutir as relações comerciais entre Santa Catarina e a Argentina. O governador Jorginho Mello destacou que o encontro foi produtivo para falar sobre democracia, economia e incentivar a direita.
Questionado sobre a possível menção a Lula durante as conversas, Eduardo Bolsonaro afirmou que Milei poderia abordar o assunto em seu discurso e ressaltou que o argentino demonstra não ter muita simpatia pelo ex-presidente brasileiro.
A visita de Milei ao Brasil é a primeira desde que assumiu a presidência argentina em dezembro do ano passado. No entanto, o presidente argentino não se encontrará com Lula, em desrespeito ao protocolo diplomático. As trocas de farpas entre os líderes dos dois países nas redes sociais e na imprensa marcaram a semana, com acusações mútuas de “comunismo” e “corrupção” por parte de Milei e Lula.
Diversos representantes empresariais também estiveram presentes no encontro, como o presidente da Fiesc, representantes de grandes empresas e da XP Investimentos. A visita de Milei ao Brasil promete influenciar nas relações bilaterais entre os dois países, com repercussões políticas e econômicas a serem analisadas nos próximos dias.