Durante o evento, Milei proferiu um discurso no qual criticou governos socialistas e defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro, alegando que ele está sendo perseguido pela Justiça. No entanto, apesar dos embates públicos entre os dois líderes, Milei não mencionou o nome do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.
A relação entre Milei e Lula tem sido marcada por conflitos e trocas de acusações desde a época das eleições argentinas. Milei já chamou Lula de “corrupto” e “comunista” em diversas ocasiões, o que tem gerado um clima de hostilidade entre os dois líderes.
Recentemente, Lula exigiu que Milei se retratasse por supostamente ter proferido inverdades sobre ele e o Brasil. Em resposta, o argentino afirmou que apenas disse a verdade e questionou o motivo de ter que pedir desculpas por isso.
Apesar de ter avisado o Itamaraty sobre sua visita ao Brasil apenas na última quinta-feira, Milei cancelou sua participação na Cúpula do Mercosul, em meio ao confronto com Lula. A chancelaria dos dois países trabalha nos bastidores para promover uma aproximação entre os líderes, no entanto, a troca de insultos e acusações pode comprometer essa tentativa de diálogo.
Desta forma, a visita de Javier Milei ao Brasil evidenciou as tensões políticas existentes entre ele e Luiz Inácio Lula da Silva, colocando em risco eventuais avanços na relação diplomática entre os dois países.