Localizada ao leste da ilha, a Praia da Galheta é cercada por morros cobertos de vegetação nativa e grandes pedras. Por décadas, o local foi recomendado para a prática de nudismo pela Federação Brasileira de Naturismo. No entanto, a presença de pessoas sem roupas tem sido alvo de críticas pela gestão municipal.
Segundo a Prefeitura de Florianópolis, a presença de naturistas na região dificulta o acesso da população em geral à praia, perturba o sossego durante a noite e pode facilitar a ocorrência de atos obscenos e importunação sexual. Atualmente, não há previsão legal ou regulamentação para a prática de nudismo na Galheta, embora uma atualização na legislação tenha permitido essa prática por quase duas décadas.
Em 2016, vereadores aprovaram um pacote de medidas que proibiu churrascos, animais, fogueiras e a nudez em áreas públicas da Praia da Galheta. No entanto, a regra tem sido desrespeitada, com fiscais municipais e comerciantes locais buscando coibir a presença de naturistas no local.
A associação naturista Amigos da Galheta cobra uma regulamentação nacional para o movimento e critica a postura conservadora adotada em Florianópolis. Enquanto isso, os praticantes do nudismo na região enfrentam o desafio de encontrar espaços para exercer sua liberdade, com alguns optando por ficar entre as pedras ou frequentar a praia apenas durante a noite.
A polêmica em torno da presença de pessoas sem roupa na Praia da Galheta continua a levantar debate sobre a liberdade individual e o respeito às normas locais. A busca por um equilíbrio entre interesses diversos parece ser o desafio das autoridades e dos frequentadores do local.