A medida foi recebida com críticas e protestos por parte de moradores, ambientalistas e membros de movimentos sociais, que alegam possíveis irregularidades no processo de supressão das árvores. Eles realizaram uma manifestação utilizando os troncos das árvores cortadas para fechar as avenidas. Os manifestantes questionam a falta de uma consulta pública antes do início do corte.
A deputada federal Duda Salabert, ex-vereadora de Belo Horizonte, também se pronunciou contra a remoção das árvores, afirmando que a licitação da Stock Car está repleta de irregularidades. Ela anunciou que acionou a Justiça para tentar impedir o prosseguimento da ação.
A Prefeitura de Belo Horizonte fechou um acordo com a empresa organizadora da Stock Car em dezembro, garantindo que a cidade sediará o evento nos próximos cinco anos. Como medida compensatória pelo corte das árvores, serão plantadas 688 novas árvores, a maioria na região da Pampulha. A administração do Mineirão também se comprometeu a plantar 120 unidades.
O processo de plantio compensatório terá início nesta sexta-feira, e as novas árvores serão de espécies e características semelhantes às que foram suprimidas. A responsabilidade pela manutenção das mudas ficará a cargo da empresa responsável pela realização da Stock Car durante o período de cinco anos.
A situação ainda é delicada e aguarda desdobramentos, com uma representação contra a ação da prefeitura sendo apresentada ao Ministério Público de Minas Gerais. A sociedade civil mantém sua vigilância sobre o caso, enquanto a polêmica em torno do corte de árvores para a realização de eventos esportivos continua a suscitar debates e críticas.